O Meu Percurso

O meu caminho na arte é o de um autodidata. Não nasci de academias, mas de uma procura incessante, de uma necessidade de dar forma ao que sentia. Desde cedo, qualquer utensílio se tornou uma extensão da minha vontade de criar, transformando o meu ateliê num laboratório de liberdade. Sem as amarras de uma formação clássica, pude explorar materiais e técnicas guiado unicamente pela intuição e por uma curiosidade que nunca parou de crescer.

Esta caminhada solitária permitiu-me desenvolver um estilo próprio, uma linguagem visual que procura constantemente trespassar a linha da realidade. É um percurso que se define não pelo que aprendi, mas pelo que continuo a descobrir a cada dia.

Filosofia Artística

Para mim, a arte é um confronto. É o ponto de encontro entre o tangível e o palpável de uma estrutura e as conceções e sentidos que ela evoca. Em cada obra, procuro um simbolismo que sustente a sua essência, que lhe dê uma alma para além da forma. O meu objetivo não é apenas criar um objeto, mas sim descrever um mundo que existe na fronteira entre o real e o imaginado.

Através desta visão analítica, acredito que a arte se torna um espelho. Ela permite-nos refletir sobre as mais profundas temáticas da vivência íntima de cada um de nós. Cada peça é um convite à introspeção, um fragmento de uma conversa maior sobre a condição humana, esperando que quem a observa encontre nela a sua própria narrativa.